A possibilidade de um dispositivo clandestino de escuta na Secretaria de Comunicação do Tocantins (Secom) deixou o Palácio Araguaia em estado de atenção. Fontes do governo relatam que uma inspeção de rotina na sede do Executivo teria identificado um equipamento irregular em um dos setores mais estratégicos da gestão do governador em exercício Laurez Moreira. Segundo essas fontes, situações semelhantes teriam ocorrido duas vezes já durante o período interino.
Até o momento, não há confirmação oficial nem negativa sobre o caso. O silêncio do governo — ainda que investigações sob sigilo sejam legalmente possíveis — preocupa servidores e assessores, que relatam insegurança e rumores no ambiente de trabalho.
A eventual instalação de escutas sem autorização judicial configura crime e fere princípios básicos de segurança institucional e proteção de dados. Em um órgão responsável pela estratégia de comunicação do Estado, o episódio, se confirmado, exigirá resposta rápida, apuração técnica independente e publicação de um boletim mínimo de transparência com medidas adotadas para mitigar riscos.
Interlocutores defendem que o governo formalize uma verificação técnica, preserve eventuais provas e, concluída a etapa preliminar, informe à sociedade os resultados e as providências. A avaliação é que, em matéria de confiança pública, transparência proativa costuma ser o melhor antídoto contra desinformação e especulação.
Palmas (TO) 23.set.2025