O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por não se manifestar oficialmente sobre a premiação de María Corina Machado com o Nobel da Paz em 2025, líder da oposição venezuelana ao regime de Nicolás Maduro.
Em março de 2024, quando Corina foi impedida de disputar as eleições presidenciais pela Justiça da Venezuela, Lula comentou dizendo que ela não deveria “ficar chorando”, comparando sua situação com a de 2018, quando ele mesmo foi impedido de concorrer. Corina reagiu acusando Lula de machismo.
Enquanto isso, em contraste com o silêncio do governo, figuras da oposição no Brasil, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, elogiaram a premiação e afirmaram que ela ajuda a deslegitimar o regime chavista. Por sua vez, Celso Amorim, assessor de Relações Internacionais do governo, avaliou que o Nobel “priorizou política em relação à paz”, mostrando certa ambivalência na reação oficial.