O Ministério da Saúde instituiu diretrizes emergenciais para orientar unidades de saúde no atendimento a casos suspeitos de intoxicação por metanol. O foco é padronizar a notificação e o manejo clínico, especialmente na rede de urgência e emergência.
Durante reunião extraordinária do Comitê Técnico do Sistema de Alerta Rápido, foi confirmado um décimo caso de intoxicação e três mortes em São Paulo, todas relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Em função disso, o governo mobilizou diversas esferas para atuação coordenada:
A Secretaria Nacional do Consumidor emitirá alertas aos Procons, com orientações sobre comercialização segura e fiscalização de bebidas alcoólicas.
O Ministério da Agricultura e Pecuária investigará a origem dos produtos suspeitos e as possíveis responsabilidades.
A Anvisa e instituições de vigilância sanitária atuarão no monitoramento de casos e no controle de rótulos, lacres e procedência das bebidas ofertadas.
Entre as orientações do protocolo estão:
Realizar notificação imediata de casos suspeitos, sem esperar confirmação laboratorial.
Atentar para sinais característicos: visão turva ou perda visual, dores abdominais, náuseas, vômitos, sudorese.
Estimular busca rápida por atendimento médico e evitar intervenções por conta própria.
Identificar e comunicar contatos que consumiram a mesma bebida para avaliação médica.
O governo classifica a intoxicação por metanol como uma emergência médica de alta gravidadee reforça que o tempo de resposta e a coordenação entre os órgãos são decisivos para reduzir danos e mortes