A Área de Proteção Ambiental do Jalapão (APA Jalapão) completou 25 anos com muitos avanços na gestão ambiental e preservação das espécies do Cerrado, com a participação de órgãos estaduais, organizações privadas e comunidade. Ainda existem desafios, como o desmatamento, mas para os responsáveis, o saldo é positivo.
A APA do Jalapão possui 461.730 hectares, integrando parques ecológicos, nascentes de rios e englobando três municípios, e desempenhando papel de grande importância na conservação da fauna e flora tocantinense.
“A APA Jalapão protege uma das maiores áreas de Cerrado conservado do país, garante a proteção de nascentes, veredas e recursos hídricos, atua como corredor ecológico, conectando unidades de conservação estaduais e federais, criando o verdadeiro Mosaico do Jalapão, mantendo espécies endêmicas e ameaçadas do Cerrado”, completou Perla, sobre a importância da região.
A APA Jalapão, gerida pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), foi criada pela Lei Estadual nº 1.172, de 31 de julho de 2000. Sua diversidade faz parte do Mosaico do Jalapão e o Corredor Ecológico Mangabeiras, que segundo o órgão se trata de uma faixa ao redor da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, do Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba e do Parque Estadual do Jalapão.
Os municípios que abrangem a APA são Mateiros, Ponte Alta do Tocantins e Novo Acordo.
Nesses 25 anos, diversas ações foram criadas em atenção à preservação ambiental local. De acordo com Perla Oliveira, diretora de Biodiversidade e Áreas Protegidas, entre os avanços na gestão estão os planos de ação, monitoramento e a parceria com instituições e a população.
“A consolidação do plano de manejo como instrumento de ordenamento territorial, criação e fortalecimento do conselho gestor, com participação social, projetos de pesquisas sobre manejo integrado do fogo, recuperação de áreas degradadas e monitoramento de fauna e flora, com apoio de parceiros como WWF, ISPN e universidades, e o avanço na regulação do uso público e turístico, valorizando o turismo de base comunitária”, explicou.