O senador e vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes (PL-TO), afirmou nesta segunda-feira que Wanderlei Barbosa (Republicanos) “não foi cassado, apenas afastado” e que “a soberania do voto precisa ser respeitada”. O tom foi lido por aliados do governador afastado como gesto explícito de apoio, reforçando a narrativa de que o afastamento é temporário e mantendo a base mobilizada na expectativa de retorno ao cargo.
No campo de Laurez Moreira (PSD), governador em exercício após decisão do STJ, a avaliação é oposta: auxiliares lembram que o afastamento tem base legal e criticam a tentativa de reduzir o caso a desrespeito ao eleitorado. Para esse grupo, o senador politiza um processo jurídico no momento em que Laurez busca consolidar a gestão e ampliar apoios.
O episódio expõe a disputa de narrativas que marca o cenário tocantinense: de um lado, Wanderlei e aliados batendo na tecla da soberania do voto e da boa avaliação da gestão; de outro, Laurez e sua equipe defendendo que legalidade e estabilidade institucional devem prevalecer até decisão definitiva sobre o caso.
Araguaína (TO) 22.set.2025