O deputado federal Eli Borges (PL-TO) usou as redes sociais para justificar seu voto a favor da chamada PEC da Blindagem, afirmando que o Parlamento “precisa de proteção para cumprir a missão sem ameaças ou chantagens” e que deputados devem ter liberdade para votar “sem medo de retaliação”. Para ele, a proposta não “protege bandidos”, mas fortalece a democracia.
A ex-senadora Kátia Abreu reagiu publicamente e elevou o tom contra o parlamentar, acusando-o de mentir aos seus seguidores e atacando sua justificativa. Em publicação, escreveu: “Você é cínico e covarde (…) O fogo do inferno te espera”.
A proposta exige aval prévio da Câmara ou do Senado para que deputados e senadores respondam a ações penais, fixando prazo de 90 dias para a análise do pedido; também restringe prisões a casos de flagrante de crime inafiançável e dificulta medidas cautelares como afastamento do mandato por decisão judicial. Críticos veem risco de impunidade e de enfraquecimento do controle sobre uso de recursos públicos; defensores afirmam que se trata de proteger a independência do Legislativo.
O embate entre Borges e Kátia expõe a divisão sobre o tema: enquanto parte dos parlamentares sustenta que a PEC cria um colchão institucional contra abusos, adversários dizem que o texto blinda políticos de ações judiciais e altera o equilíbrio entre os Poderes. O debate deve seguir intenso até a votação de mérito.
Palmas (TO) 21.set.2025